27 de mai. de 2015

Amor de Perdição


Camilo Castelo Branco pertence à Segunda fase do Romantismo português, chamada Ultra-Romantismo – corrente literária da segunda metade do século XIX que leva ao exagero os ideais românticos. Escreveu vários gêneros de novelas: satíricas, históricas e de suspense. 

Camilo Castelo Branco conquistou fama com a novela passional Amor de Perdição. Bem ao gosto romântico, a característica principal da novela passional é o seu tom trágico.  As personagens estão sempre em luta contra terríveis obstáculos para alcançar a felicidade no amor.

Nesta novela passional, de temática romântica exemplar,considerada uma espécie de Romeu e Julieta lusitano, o escritor levou às últimas conseqüências a idéias de que o sentimento deve sobrepor-se à vida e à razão. 

O livro trata do amor impossível e discute a oposição entre a emoção e os limites impostos pela sociedade à realização da paixão. 

Sem conseguir o objeto da paixão, o herói romântico confirma seu destino trágico. Nele, o mesmo amor que redime resulta em morte, conforme antecipa o narrador-autor na introdução do livro, ao comentar o destino do seu herói: “Amou, perdeu-se e morreu amando”. 


Normalmente, essa busca é frustrante. Mesmo quando os amantes ficam juntos, isso é conseguido a custa de muito sofrimento. Os direitos do coração, freqüentemente, vão de encontro aos valores sociais e morais. Segundo o autor, Amor de Perdição foi escrito em 15 dias em 1861, quando ele estava preso na cadeia da Relação, na cidade do Porto, por ter-se envolvido em questões de adultério. 

Como o drama de Romeu e Julieta, a obra focaliza dois apaixonados que têm como obstáculo para a realização amorosa a rivalidade entre as famílias. A ação se passa em Portugal, no século 19. Tem um narrador em primeira pessoa, que não participa dos acontecimentos, mas conhece os fatos passados por “ouvir falar” e “por pesquisar em documentos”.

O narrador diz contar fatos ocorridos com seu tio Simão. Residentes em Viseu, duas famílias nobres, os Albuquerques e os Botelhos, odeiam-se por causa de um litígio em que o corregedor Domingos Botelho deu ganho de causa contrário aos interesses dos primeiros. Simão é um dos cinco filhos do corregedor.


Referência:
http://eduquenet.net/perdicao.htm

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